NOGUEIRA, Maria Alice. BOURDIEU E A EDUCAÇÃO. 2ed. Belo horizonte: Autêntica, 2006, pp. 83-101.
RESUMO
O presente trabalho discute por meio de pesquisa teórica o processo de reprodução das desigualdades sociais dentro das escolas. Tem como objetivo revelar que a escola é um dos principais responsáveis pela separação de classe social, com base no principio da inteligibilidade, ou seja, a distinção das escolas públicas e privadas, o autor explana de forma extensa o processo de desvalorização escolar do escolar, isto é, quando a escola desvaloriza o aluno aplicado e valoriza o aluno da classe dominante, isso ocorre no sistema escolar durante a avaliação do aluno quando a instituição leva em conta tanto a cultura, quanto a relação que o aluno tem coma ela, ou seja, o uso de sua cultura legitima. Para tanto o autor se subsidiar da pesquisa bibliográfica com base nos princípios metodológicos da dialética marxista. A pesquisa se fundamenta no materialismo histórico, com abordagem qualitativa. O livro utilizado foi A Reprodução, 1975 de Bourdieu e Passeron. A pesquisa revelou segundo o autor de que a avaliação escolar representa, antes de tudo, um mecanismo de transformação cultural em capital escolar, e isso seria possível porque a avaliação docente iria muito além da mera verificação da aprendizagem dos conteúdos, constituindo-se na prática, em um verdadeiro julgamento social, baseado, na maior ou menor distância do aluno em relação às atitudes e comportamentos valorizados pelas classes dominantes, em particular seu modo de relação com a cultura.
Palavras-Chaves: Divisão de classe. Cultura legitima. Classe dominante.
